sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

E dezembro

E dezembro, passados os momentos da celebração do Natal, em tom cinzento e frio, corre apressadamente para o fim e fazem-se os preparativos de saudação a 2014. Pressente-se que venha embrulhado no tom triste a que nos fomos habituando desde há três anos. Contudo, um novo ano traz sempre uma uma nova esperança. Ergamos as taças e façamos, pois, um caloroso brinde em que evocaremos a esperança que teimamos em conservar para aguentar todo o chorrilho de medidas austeras que serão impostas e estarão presentes, em 2014.  É o nosso fado... 
mariam

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Boas Festas!

Com votos de Boas Festas, até 2014!
             mariam

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dezembro, felicitações de Natal e o presépio do Malawí

Dezembro chega azul e ensolarado. Está frio! Há um prenúncio de inverno. E de Natal. Já começo a ver o triste Pai Natal, por aí, subindo um prédio qualquer, na vã possibilidade de entrar, no dia 24, pela chaminé de uma lareira qualquer. E também não hão de faltar os estandartes com a imagem do Menino Jesus estampado, pendurados ao sabor dos efeitos climáticos do inverno. Estes anúncios de que o Natal vai chegar são de um gosto duvidoso...
Como estamos em dezembro, é já na primeira semana que tenho a tradição de enviar os postais de felicitações de Natal à família e aos amigos que vivem mais longe. Já os adquiri, falta escrever a mensagem de boas festas, endereçá-los e ir aos CTT do aeroporto para os enviar. Este ritual não deixo passar. Assim mo transmitiram os meus pais e, assim, continuo a tradição. Telefonar, sim, para alguns familiares e amigos. Mandar mensagens para o telemóvel está fora de questão. Não gosto.
Depois, uns dias antes de Natal, geralmente quando as férias escolares chegam, faz-se o presépio com as figuras que já me acompanham desde a infância e enfeita-se a árvore de Natal. Às vezes, o João e o Tiago colaboram. Entretanto, o meu presépio com artesanato do Malawí, há um ano, marca presença na minha sala. O lindo presente de Natal que a minha filha me trouxe desse país. É lindo. Lembra-me a minha África. O Natal fica presente todo o ano. Eu gosto. E muito.

 mariam in  http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/

domingo, 24 de novembro de 2013

2º aniversário de "Apontamentos da mariam"

Só para deixar aqui registado que "Apontamentos da mariam" completou dois de existência, no dia 21 de novembro. 
       mariam 




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dos Santos ao Natal ou bom chover ou bem nevar

O Outono chega e carrega consigo a riqueza dos seus matizes. Enquanto espalha e vai firmando, por toda a natureza, o castanho seco e o amarelo envelhecido da sua inigualável paleta de cores, os seus companheiros de sempre, o vento e a chuva, vão tomando conta dos dias e, definitivamente, marcam o fim daquele encantamento outonal e ameno com que os nossos sentidos se sentiam privilegiados. Então, um tom pardacento, pesado, instala-se, envolve Novembro que, no cumprimento do calendário, chega submisso à inexorável vontade estacional que o Outono lhe impõe e, num lento definhamento que lhe invade os dias, presenteia-nos com o vento e a chuva, incessantes, que fazem o prenúncio do Inverno. E, num cenário encinzeirado e húmido, Novembro, na consumição final dos seus dias, prepara-se para dar lugar a Dezembro, faz tréguas com a chuva e deixa que o frio impiedoso entre para se acomodar à época natalícia que se aproxima. E, mais uma vez, se confirma o adágio popular: "Dos Santos ao Natal ou bom chover ou bem nevar".
mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/

domingo, 27 de outubro de 2013

Folhas de outono

(...) Folhas que teimam em voar e rodopiar em desespero como se quisessem resistir ao destino de serem pisadas friamente por transeuntes indiferentes e, tantas vezes, pontapeadas ao som das vozes e do riso despreocupado das crianças nas suas ocasionais brincadeiras e correrias, a caminho da escola. Folhas murchas pela intempérie e violentadas pela lei da natureza, suportam a fatalidade do envelhecimento até se finarem encharcadas e putrefactas sob a chuva insistente que o outono, no lento definhamento dos dias, e como prenúncio do inverno, teima em nos presentear. 
mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/ 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O derrotado

O candidato dera tudo por tudo. Prometera mundos e fundos. Realçara a obra feita. Desesperadamente, acreditara que estava bem posicionado para vencer. Sonhara que a vitória, mais uma vez, estava no “papo”. A eleição chegava ao fim e a derrota atingia-o. Encerradas as urnas, divulgadas as diversas projeções dos resultados eleitorais, a deceção instalava-se na sua sede de candidatura. E o escrutínio final vinha confirmar a derrota sofrida. A confrangedora e inesperada situação era como um balde de água fria. Assumida a derrota, o silêncio descia sobre os seus apoiantes que deixavam a sede de candidatura deserta. A hipotética euforia da vitória dava lugar à realidade amarga da derrota.
mariam 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E setembro cumpre-se

Setembro chega luminoso. Ainda que quente, setembro, no calendário dos seus dias, traz a marca oficial da partida do verão. Por isso, deixa à solta a nostalgia dos dias sem compromissos e tranquilos de mais um verão que se completa dentro de dias. Cumpre-se o regresso e o recomeço. O regresso à escola e ao trabalho. À vidinha de todos os dias. E o recomeço, ainda que mal engrenado, tibuteante, acaba por ganhar a aceitação do reencontro com o frenesim do dia-a-dia. Sem tréguas. No cumprimento estrito do quotidiano.
in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/(adaptado) 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A agradável leveza de Agosto

(...) O desprendimento com que chega, os horários que rasga, as rotinas que quebra, as obrigações que chuta, o sabor a férias que traz, ainda que a não as gozemos, que vida está difícil, dão-lhe um gosto tão especial. Traz uma espécie de “pasmaceira” que nos atrai, que nos envolve nas 24 horas de cada dia, que nos empurra para o compromisso com o ócio e logo nos faz colar ao direito à preguiça. Por isso, agosto também é cansativo, exige golpes de ação para que possamos sacudir a preguiça que tem o condão de tornar os dias em inutilidade absoluta e cansaço dispensável. Ganhemos, somente, o ritmo leve, a cor suave e o sabor fresco dos seus dias aprazíveis. Sintamos que as obrigações, as inevitáveis e inadiáveis, possam tomar o colorido mais luminoso deste agosto em consumo e com breve prazo de validade. Deleitemo-nos com ele. Deixemo-nos envolver, pois, na agradável leveza de agosto
 mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/ (excerto)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Um verão que foge

 (...) É o verão dos dias amenos e dos outros mais pachorrentos sob um sol escaldante que, se fosse possível, esqueceríamos tudo e entregar-nos-íamos ao lazer e à preguiça, sem remorsos, porque os momentos destinados à merecida pausa e ao descanso descontraído de verão adiam-se ou vão ficando por concretizar. É o verão dos momentos cansativos, das contrariedades e das exigências diárias que não vão de férias, que nos roubam o verão como se quisessem tomar conta dos dias quentes e luminosos que precisamos de sentir como nossos. É tempo de acreditar nos dias ensolarados que se fazem presentes, olhar céu azul, sentir o ânimo que só o verão tem o condão de nos dar, ainda que, por vezes, nos dececione, esconda os raios luminosos do sol nas manhãs enevoadas e frescas como acontece hoje. (...) O tempo corre velozmente! Julho está na reta final. Agosto tão depressa está aí, como logo estará de partida. Depois, só nos restarão mais uns dias de setembro para saborearmos os bons caprichos de um verão que foge.
mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/ (excerto)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Precisamos de um novo rumo

Sinto e apetece-me dizer que a desilusão tomou conta de nós. Tudo, fomos suportando. Estamos atordoados. Em pleno verão quente, atiram-nos um balde água fria, ou antes, gelada. Atingiu-nos em cheio. Atingiu, também, o governo e foi perturbador. A crise veio à tona. Estamos expectantes. A incerteza e o medo tomam conta do nosso quotidiano. De falhanços, incompetência e teimosia andamos fartos.  Precisamos de um novo rumo.  
   mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/ (excerto)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A festa de S. Pedro e outras romarias

São Pedro, confesso, não é o santo popular por quem nutro mais afeição. Na terra onde os meus pais nasceram, ele é o santo popular de eleição e este fim de semana será a grande festa, com direito a feriado municipal. Há muitos anos, quando éramos estudantes e sempre que não havia exames a realizar, eu, o meu irmão, o mais novo dos rapazes (são quatro no total e mais velhos) e a minha única irmã, a caçula, por esta esta altura do ano, já estávamos a passar as férias grandes, lá na terra, porque o meu pai não dispensava a festa de São Pedro. Passara trinta anos em África e esta festa era o pretexto para a confraternização com os amigos de infância e adolescência que também viviam no Porto e regressavam à terra para férias e festejarem o São Pedro. Aliás, a terra era pródiga em festas como a feira de Maio, a grande procissão do Corpo de Deus, em Junho, e, em pleno Agosto, aquela cidade enchia-se de emigrantes para a grande peregrinação ao alto de Santa Quitéria. Desse tempo, restam as lembranças de muita gente amiga e familiares dos meus pais que apareciam lá por casa para assistirem à procissão do Corpo de Deus e, no dia da peregrinação, para verem a subida de uma multidão que ia assistir à missa no santuário que fica situado lá no cimo do monte. A casa dos meus pais tinha uma situação privilegiada não só pela sua localização no sopé do monte, mas também pela vista panorâmica que se desfrutava e se estendia sobre a cidade que fica situada num plano mais baixo. O meu pai afirmava que, do torreão lá de casa, a vista alcançava Lousada e Penafiel. Depois a lei da vida impôs-se e já lá vão quinze anos, eu e os meus irmãos vendemos a casa que estava a degradar-se e a sua restauração seria exorbitante para nós e não compensaria, uma vez que raramente lá voltamos e é só para rever os primos mais próximos. A casa foi completamente restaurada por quem a adquiriu e teve de manter a traça original pelo seu passado que reporta ao tempo das invasões francesas, segundo consta. Desde então, nunca mais voltei nem ao São Pedro, nem às festas da terra...
mariam (in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/)  

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quadra aos Santos Populares

Tanto manjerico ao luar,
Santos Populares são folia.
Tantos foguetes a estalar
Como cascatas d' alegria.
                                   mariam

domingo, 19 de maio de 2013

Quem vai desfraldar a faixa de "Campeão"? o dragão ou a águia?

Amanhã, Porto e Benfica vão à luta com diferentes adversários. Dragão e Águia, ambos de asas e garras, estão preparados para a luta final que cada um deles vai ter de enfrentar até ao último minuto e pelo título de Campeão de l Liga. Bem, vamos ver se a equipa do Benfica já está curada da Síndrome Após o 90º minuto e a Águia encontra forças para “rapinar” a Taça de Campeão Nacional. Entretanto, o Dragão bem pode usar última e inesperada chama e “incendiar” a Mata Real e dos salvados trazer a tão cobiçada Taça que, afinal, está a escassos “Pa(ç)ssos” de agarrar. Vamos ver quem vai poder desfraldar a faixa de “Campeão” (que nisto não há preparação de improviso, nada fica ao acaso, quando o sonho é grande para cada uma das equipas), e quem vai de ter de a manter bem guardada. Que seja, pois, mais uma tarde de Bom Futebol, quer na Luz, quer na Mata Real, e que o mais digno vencedor seja o respeito mútuo pela aceitação do “campeão” que vier a resultar.   
mariam (in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Chute-se o desencanto

Ramerrame que cansa.
Não anda, nem desanda.
Tédio e insipidez.
Atropela, quebra o ânimo.
Distorce a ação.
Fulmina a motivação.
Não ata, nem desata.
Vida dormente ou adormecida?!
Agite-se, acorde-se.
É tão urgente.
Perserve-se o alento.
Solte-se o grito. Convicto.
De imposição. Basta!
Chute-se o desencanto.
Ou arrume-se para canto.
Cumpra-se a leveza.
Só assim terá encanto.
E vencer será a certeza.
                                  mariam (in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio de 2013

Quase um milhão de portugueses sem trabalho! E este primeiro dia do mês de Maio não é de festa nem de alegria. Maio de primavera florida, Maio das giestas que contrasta com a tristeza e o desânimo do povo português. Maio dos trabalhadores na dolorosa desesperança do amanhã. 
 mariam

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sim, é primavera!

Sim, parece que a primavera veio com luz e muito brilho para nos compensar do atraso a que nos submeteu. Ainda bem! Já é tempo de aproveitarmos estes dias de sol.
                           mariam 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Sol tímido da primavera

Arredado o sol tímido da primavera, a chuva e o vento fazem-se presentes. Inverno aborrecidamente teimoso na hora da partida! E a natureza vai escondendo o encantamento que só a primavera sabe pintar com os matizes da renovação que há de tocar os nossos sentidos!
mariam

quarta-feira, 20 de março de 2013

Nos braços da Austeridade

Ai este casamento, Portugal!
Casamento agastado rompe-te a vontade,
lança-te nos braços da Austeridade.
Com ela te deitas, com ela te levantas.
Insensível, despreza- te sem piedade!
Amarfanha-te o futuro, quebra-te a vida.
Ai este casamento, Portugal!
Prisioneiro de dona insaciável,
amarrado ao desespero, feres a alma.
Despido de sonhos, rouba-te a esperança.
Ai este casamento, Portugal!
Ela tudo te leva, tudo exige, nada te dá.
Cega! Nos sacrifícios, martiriza.
De nada, ela tem ou dá certeza.
Já humilhado, dá-te como certa a pobreza.
Suportas, violenta-te a dignidade.
Ai este casamento, Portugal!
Ai esta vergonha atroz!
Macula a honra de teus egrégios avós.
mariam
in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/

quinta-feira, 14 de março de 2013

Papa Francisco, um Homem de Cristo.


Humilde, soube estabelecer laços de afeto e momentos de sã cordialidade que contagiou todos os fiéis que ali se encontravam na Praça de S. Pedro e que por ele esperavam. Foi um momento de encantamento e de esperança para todos aqueles crentes e multiplicou-se por todos os outros que no mundo inteiro partilham da mesma fé. Um homem da Igreja que sempre viveu para acudir àqueles que sentem a pobreza. Viveu longe da Curia Romana e fica completamente descomprometido para tomar decisões que expurguem os males e os comportamentos que põem em causa a dignidade e a credibilidade da Igreja Católica. Um Homem para renovar a Igreja com os católicos. Papa Francisco, um Homem de Cristo.
mariam
in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, 4 de março de 2013

Desencanto

Saio à rua e olho a gente que passa. Sobre os ombros, esta gente carrega o sofrimento do desemprego, o ónus dos impostos, o futuro hipotecado. É gente que carrega a mágoa das expetativas traídas e o peso da esperança coartada que lhe limitam o sonho legítimo do crescimento pessoal e social. No rosto, vejo-lhe a tristeza e o desencanto. O cinzento da crise que este Estado-sanguessuga impõe, tolhe-lhe a vida, esmiúça-lhe o optimismo.
   mariam
in momento do café  em 11/outº/2010
 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Março

Março chega em dia ensolarado, luminoso. Sol de inverno.
mariam

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval


Carnaval chuvoso. O disfarce, à míngua do sol, abriga-se da chuva gelada. Mas a alma de folgazão permanece na máscara carnavalesca que, ano a ano, reaparece para um dia de diversão, sem complexos, para quem gosta de viver a alegria do Carnaval  .
    mariam