"Palavras, leva-as o vento!" - dizem. Contudo, há palavras que o vento, por mais forte que sopre, não consegue varrê-las da nossa memória. E a lembrança de quem as proferiu tem a força de as vincar. Infeliz inconveniência verbal.
mariam
A vida exige uma permanente e diferenciada atitude de aceitação, ou não, de emoções, sentimentos, ações e factos que a desenham, o que nos permite concluir que a ela acontece num desafio contínuo à determinação e à resistência que nos sustêm e, quantas vezes, à desistência que nos atrai. Enfrentar esse desafio contínuo é desgastante. O resultado nem sempre é compensador. Umas vezes, somos perdedores sobreviventes e, outras vezes, perdedores não resignados. Quase nunca, vencedores incólumes. Muitas vezes, simplesmente vencedores q.b..
mariam
Se nos agarramos ao não desistir, claramente estamos a escolher o caminho mais difícil, o existir, que pressupõe a aceitação de todos
desafios da vida, os fáceis, os difíceis, os incontornáveis. Todos eles podem ser
compensadores e estimulantes na resposta aos desafios
sequentes e aos riscos que comportam. Da vitória à derrota e destruição
de sonhos, também podem desencadear a necessidade de decisão entre o resistir e o não
resistir e, consoante a escolha que façamos, levarem-nos a desafios de último recurso, entre o construir e o sucumbir, o vencer e o não vencer.
mariam
Os dilemas que a vida nos propõe ou impõe, remetem-nos para a tomada de consciência de que somos livres ou estamos condicionados e obrigados por circunstâncias que nos levam a fazer opções e são estas que nos incitam a muitos outros desafios e ao mais definitivo, entre o desistir e o não desistir. Se nos inclinamos pelo desistir, claramente estamos a escolher o não existir. E o desafio termina nesse momento.
mariam