(...) Folhas
que teimam em voar e rodopiar em desespero como se quisessem resistir
ao destino de serem pisadas friamente por transeuntes indiferentes e,
tantas vezes, pontapeadas ao som das vozes e do riso despreocupado das
crianças nas suas ocasionais brincadeiras e correrias, a caminho da escola. Folhas murchas
pela intempérie e violentadas pela lei da natureza, suportam a
fatalidade do envelhecimento até se finarem encharcadas e putrefactas
sob a chuva insistente que o outono, no lento definhamento dos dias, e como prenúncio do inverno, teima em nos presentear.
mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/
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