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quarta-feira, 20 de março de 2013

Nos braços da Austeridade

Ai este casamento, Portugal!
Casamento agastado rompe-te a vontade,
lança-te nos braços da Austeridade.
Com ela te deitas, com ela te levantas.
Insensível, despreza- te sem piedade!
Amarfanha-te o futuro, quebra-te a vida.
Ai este casamento, Portugal!
Prisioneiro de dona insaciável,
amarrado ao desespero, feres a alma.
Despido de sonhos, rouba-te a esperança.
Ai este casamento, Portugal!
Ela tudo te leva, tudo exige, nada te dá.
Cega! Nos sacrifícios, martiriza.
De nada, ela tem ou dá certeza.
Já humilhado, dá-te como certa a pobreza.
Suportas, violenta-te a dignidade.
Ai este casamento, Portugal!
Ai esta vergonha atroz!
Macula a honra de teus egrégios avós.
mariam
in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, 4 de março de 2013

Desencanto

Saio à rua e olho a gente que passa. Sobre os ombros, esta gente carrega o sofrimento do desemprego, o ónus dos impostos, o futuro hipotecado. É gente que carrega a mágoa das expetativas traídas e o peso da esperança coartada que lhe limitam o sonho legítimo do crescimento pessoal e social. No rosto, vejo-lhe a tristeza e o desencanto. O cinzento da crise que este Estado-sanguessuga impõe, tolhe-lhe a vida, esmiúça-lhe o optimismo.
   mariam
in momento do café  em 11/outº/2010
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Bem-vindo 2013!

Lá se foi 2012. Partiu e não deixou saudades. Foram 366 dias que se resumem em duas palavras: crise e austeridade. Duas palavras "espaçosas" que tiveram o condão de afetar o nosso quotidiano e ganharam tal amplitude que se comprazem em nos fazerem companhia em 2013. Tivémos, pois, um escasso momento para dizer: Bem-vindo 2013! Adivinham-se dias bem difíceis para este ano que acaba de chegar. Sermos otimistas, é difícil. Nem os iludidos, nem os alienados podem encarar com ligeireza toda esta adversidade que nos "troiKa". O povo começa a sentir-se esgotado com tanta insensibilidade social e com tanto distanciamento com que se exerce a governação. Perdeu-se a crença e também a credibilidade em quem nos governa. Aguentaremos?
mariam  
 in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/(excerto)

domingo, 2 de dezembro de 2012

OE2013: o povo aguenta, ai aguenta, aguenta!

(...) E um Orçamento de Estado, quase nado-morto, que respira pela aprovação (desconcertada e cheia de incertezas) da  maioria que suporta o Governo. Uma maioria que reconhece que um tão mau orçamento dificilmente poderá sobreviver. Depois, o Governo fará o remedeio com outras medidas de ajustamento para “curar” a debilidade com que este Orçamento do Estado vê a luz do dia. Resta, ao povo, mais um logro.
mariam 
in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt (excerto) 

domingo, 11 de novembro de 2012

Eu quero, sim, um vídeo sobre os políticos...

A Alemanha, que há muitos anos acolhe tantos emigrantes portugueses, conhece a boa índole e a qualidade de trabalho das gentes de Portugal. Se assim não fosse, não nos quereria lá. Face a esta realidade, não quero nenhum vídeo promocional sobre os portugueses. Eu quero, sim, um vídeo em que os políticos, os ex-políticos metidos a comentadores e a analistas situacionistas ou como porta-vozes informais dos sucessivos governos viessem mostrar a qualidade dos governantes e da política portuguesa. Imagens de gente impreparada, incompetente, que não sabe cuidar da coisa pública e nada percebe da causa pública. Gente que se agarra à política para dela fazer o seu "métier". Perante imagens da verdade sobre a qualidade enganadora dos políticos de Portugal, o povo alemão e a Sra Merkel talvez viessem a reconhecer a razão do nosso empobrecimento e da desesperança que nos abala. E talvez, ainda, compreendessem a vergonha por que estamos a passar e esta indignação que não nos silencia. 
mariam 
 in momentodocafe.blogs.sapo.pt

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Crise e austeridade

Austeridade, a terapia de choque e sem garantia. Fantasma de um país a definhar, que vive um dia de cada vez. Umas vezes, com medo de que morra da cura que não da doença. Outras, com esperança. Sempre contida. No horizonte, o temor de que essa diminuta esperança possa ser arrancada, a sangue-frio, pelos curandeiros experimentalistas metidos a políticos. 
                                                                                                 mariam

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não paro a minha indignação

O cidadão, o pai, o primeiro-ministro, pessoa em quem não votei, anunciou mais austeridade. Sinto-me indignada. Esta austeridade sufoca-me. Não me calo. Onde está equidade? Grito a injustiça. Não desmobilizo perante este sentimento de injustiça. Não paro a minha indignação. Quem se junta à minha indignação?
(texto reformulado)
mariam