Dezembro
chega azul e ensolarado. Está frio! Há um prenúncio de inverno. E de
Natal. Já começo a ver o triste Pai Natal, por aí, subindo um prédio
qualquer, na vã possibilidade de entrar, no dia 24, pela chaminé de uma
lareira qualquer. E também não hão de faltar os estandartes com a imagem
do Menino Jesus estampado, pendurados ao sabor dos efeitos climáticos
do inverno. Estes anúncios de que o Natal vai chegar são de um gosto
duvidoso...
Como
estamos em dezembro, é já na primeira semana que tenho a tradição de
enviar os postais de felicitações de Natal à família e aos amigos que
vivem mais longe. Já os adquiri, falta escrever a mensagem de boas
festas, endereçá-los e ir aos CTT do aeroporto para os enviar. Este
ritual não deixo passar. Assim mo transmitiram os meus pais e, assim,
continuo a tradição. Telefonar, sim, para alguns familiares e amigos.
Mandar mensagens para o telemóvel está fora de questão. Não gosto.
Depois,
uns dias antes de Natal, geralmente quando as férias escolares chegam,
faz-se o presépio com as figuras que já me acompanham desde a infância e
enfeita-se a árvore de Natal. Às vezes, o João e o Tiago colaboram.
Entretanto, o meu presépio com artesanato do Malawí,
há um ano, marca presença na minha sala. O lindo presente de Natal que a
minha filha me trouxe desse país. É lindo. Lembra-me a minha África. O
Natal fica presente todo o ano. Eu gosto. E muito.

mariam in http://momentodocafe.blogs.sapo.pt/